jambock Posted February 17, 2015 Share Posted February 17, 2015 Meus prezados: Embraer já tem “quase 300″ trabalhadores em Évora e prevê crescer 30% este ano As fábricas da Embraer em Évora já empregam “quase 300 funcionários” e, este ano, a construtora aeronáutica prevê aumentar o número de trabalhadores em cerca de 30%, segundo o presidente da empresa em Portugal. No ano passado, “praticamente, duplicamos o nosso efetivo e chegamos ao final de 2014 com quase 300 funcionários, a maior parte oriunda de Évora ou da região”, adiantou Paulo Marchioto, presidente da Embraer Portugal. Em entrevista à Lusa, o responsável disse também que “a maior parte” dos trabalhadores foi formada através da colaboração estabelecida com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP): “Esta parceria tem-se mostrado muito boa”. “Tem sido muito gratificante a velocidade de aprendizagem que os nossos colaboradores têm demonstrado”, elogiou, revelando que, para este ano, a empresa tem “um planejamento do crescimento da força de trabalho em cerca de 30%”. Inauguradas em 2012, após um investimento de quase 180 milhões de euros, as duas fábricas de Évora da construtora aeronáutica brasileira – uma de estruturas metálicas e outra de materiais compósitos – estão a cumprir “rigorosamente” o cronograma planejado. A previsão é a de que, “dentro de dois anos”, as unidades estejam “a voar em voo de cruzeiro”, ou seja, atinjam a capacidade plena, mas, para já, o responsável da empresa em Portugal escusou-se a abordar uma eventual expansão. “Primeiro precisamos de ter a capacidade plena. A partir daí pensamos em aumentar. Um passo firme de cada vez”, argumentou. Quanto ao centro de engenharia e tecnologia criado no ano passado, igualmente em Évora, para o desenvolvimento de peças e estruturas em materiais compósitos, já “começou a trabalhar” e tem em curso “o processo de contratação de colaboradores”. A empresa prevê que a estrutura, dirigida por Sérgio Carvalho, conte com “pelo menos 20 colaboradores”, este ano. Segundo Paulo Marchioto, em 2014, as fábricas da cidade alentejana tiveram “um ano muito desafiante” e um dos fatos a realçar foi o de se terem tornado fornecedoras das “três unidades de negócio [da Embraer] no Brasil”. “Procuramos diversificar a atuação, inserindo os produtos de Évora nos mais diversos produtos da Embraer e trabalhando para a unidade comercial, a unidade executiva e a de defesa e segurança”, resumiu. Nas fábricas alentejanas, são produzidos componentes para o avião executivo Legacy 500 (asa, empenagens vertical e horizontal e, como novidade conseguida em 2014, o cone traseiro), para o comercial E1 (revestimentos de asa) e para a nova aeronave militar KC-390 (revestimentos de asa e empenagens). Outro dos destaques de 2014, segundo Paulo Marchioto, foi o de conseguir envolver a fábrica de estruturas metálicas no novo programa de aviação comercial da empresa, os aviões E-Jets E2, o que levou à ampliação da área coberta da unidade, cujas obras estão quase terminadas. “Estamos a trabalhar nos protótipos deste novo produto, que é o mais avançado da Embraer”, disse, precisando que a fábrica produz “os revestimentos da asa” do E2 e que, agora, no início deste ano, devem seguir “as primeiras remessas para o Brasil”. Além disso, revelou, também a fábrica de materiais compósitos vai passar a estar envolvida no processo ligado aos protótipos do E2, com o fabrico do “estabilizador horizontal” da aeronave. KC-390 O presidente da Embraer Portugal assumiu que seria “muito relevante” para a empresa se Portugal decidisse comprar o novo avião militar KC-390, a “maior” aeronave “de sempre” da construtora aeronáutica brasileira. “Todo o cliente é muito importante para a empresa e, principalmente, se nós tivermos Portugal, que faz parte da concepção e da fabricação do avião. Seria muito relevante que essa compra fosse efetivada”, afirmou Paulo Marchioto. O responsável da Embraer em Portugal argumentou que o cargueiro militar KC-390 é um avião “projetado para o futuro” e para “atender às necessidades do mercado”, pelo que a empresa confia “plenamente” que “vários países” o “vão utilizar nas suas missões”. Questionado sobre se acredita na aquisição da aeronave por parte de Portugal, para substituir os atuais aviões Hércules C-130 da Força Aérea, Paulo Marchioto admitiu estar “torcendo muito” para que tal aconteça, mas escusou-se a comentar, em detalhe, esse processo. Portugal está envolvido no projeto do KC-390 através do Centro de Excelência para a Inovação e Indústria (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: as OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes). Tal como outros 30 países, Portugal assinou uma carta de intenção de compra do KC-390, de até seis jatos. O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou que a decisão para aquisição das aeronaves, para a Força Aérea, pode vir a avançar este ano. A nova aeronave da empresa brasileira, a terceira maior construtora aeronáutica do mundo, foi apresentada oficialmente (“roll-out”) a 21 de outubro do ano passado e realizou este mês, no dia 03, com sucesso, o seu primeiro voo (para avaliação da qualidade e desempenho). O primeiro voo de um avião “é uma coisa única” e o fabrico desses componentes “com a mão-de-obra local”, das unidades inauguradas em Évora a 21 de setembro de 2012, “foi muito importante”, constituindo “uma marca que vai ficar para estas fábricas da Embraer em Portugal”, congratulou-se Paulo Marchioto. Fonte: Jornal MUNDO LUSÍADA (PT) via CECOMSAER 17 fev 2015 Link to comment Share on other sites More sharing options...
Recommended Posts
Archived
This topic is now archived and is closed to further replies.