PT-KTR Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Galera, procurando fatos concretos da morte do fundador da Soletur, pois eu desconhecida, digitei no google e aí olha o que achei: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/...7/327069837.asp Leiam lá! A matéria cita que o CONTATO RADAR teve tal tema! É... virou referência para jornalistas, menos mal, pelo menos colhem informações de gente que entende aviação! Link to comment Share on other sites More sharing options...
LipeGIG Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Segurem os servidores (rs). Islander, obrigado por dividir conosco, realmente é salutar vendo o CR ganhar espaço dia-a-dia nas discussões de Aviação do Brasil ! Link to comment Share on other sites More sharing options...
Guest SkyMember Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Jah adiantando... Segundo estimativas do mercado, os fundos teriam investido US$ 70 milhões na empresa, mas não mantinham uma boa relação com o ex-presidente da empresa, Humberto Folegatti, que deixou o cargo na semana passada. O nome do executivo já havia sido centro de uma polêmica em 2001, durante a falência da Soletur, uma das maiores operadoras de turismo do país. Em carta enviada à Associação Brasileira das Agências de Viagem em 2002 e reproduzida no site Contato Radar, o então presidente da Soletur, Carlos Augusto Guimarães Filho, que faleceu anos depois, acusa a famíla Folegatti de manter relações espúrias com a Varig Travel. Tem seu lado bom e seu lado ruim... Espero que quem veja o CR não pegue infos daqui para "deturpar" à maneira que queira. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mastercaptain Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Não tenho duvidas que o CR é procurado por jornalistas e empresários do setor.É uma rica fonte de informações e opiniões apesar de algumas derrapadas no quesito infantilidade de alguns poucos membros. Link to comment Share on other sites More sharing options...
BIG GIG Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Muito bom! Parabéns ao staff e a todos que participam do CONTATO RADAR! Link to comment Share on other sites More sharing options...
Super Constellation Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Pior que lá tá igualzin ao tópico sobre a falência da Soletur. Link to comment Share on other sites More sharing options...
PT-KTR Posted November 8, 2007 Author Share Posted November 8, 2007 Finalmente o cara morreu quando e como? Link to comment Share on other sites More sharing options...
LipeGIG Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Herson, Não tem risco, nós só estamos "Reproduzindo" Não cita opiniões. Felipe Link to comment Share on other sites More sharing options...
Mastercaptain Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 A carta. ______________________ À Abav - Associação Brasileira de Agências de Viagens 31º Congresso de Agências de Viagens – Riocentro – Rio de Janeiro Prezado Sr. Tasso Gadzanis Dirijo-me especialmente a esta associação, durante o Congresso da Abav/2003, esperando que meu depoimento possa esclarecer a V. Sas., legítimos representantes dos Agentes de Viagens brasileiros, a verdade sobre a falência da Soletur, ocorrida em 24 de outubro de 2001. No Congresso da Abav de Recife, em setembro de 2002, eu nada podia fazer. Estava imobilizado pelo sentimento de amargura que me causou a perda da empresa que fundei em 1964. Posso afirmar, com base em fatos concretos, que a Soletur quebrou em razão de negócios realizados por pessoas e empresas que pretendiam tomar o seu lugar de líder de mercado no turismo brasileiro. As empresas envolvidas são: a Varig Travel, a PanExpress e a PNX Travel (nome fantasia da BRA Viagens e Turismo Ltda) e a BRA Transportes Aéreos. Elas contaram com o apoio da Rotatur e de alguns dirigentes do Grupo Varig ligados diretamente a Yutaka Imagawa, então presidente do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, homem forte do Grupo Varig entre meados de 1998 e julho de 2003. Meu relato, portanto, não diz respeito à atual administração do Grupo Varig nem aqueles que, na administração anterior, não tiveram participação nas ocorrências que serão narradas por mim. 12 Mai(4 dias atrás) Em 1999, os proprietários da operadora turística PanExpress fundam a BRA Transportes Aéreos, com 1 aeronave. Na mesma época, o Grupo Varig funda a Rotatur, que passa a fretar os aviões da Varig e da Rio Sul para a BRA, cobrando dela apenas os custos variáveis, ou seja, o combustível e os tripulantes. A Soletur, que desde 1994 contratava vôos fretados com a Varig e com a Rio Sul, pagava a mais os custos fixos e a margem de lucro regulares das cias aéreas, ou seja, um preço até 30% mais caro do cobrado à BRA/PanExpress. A Soletur não sabia que pagava mais caro. Esta política comercial exercitada pela Rotatur prejudicou a Soletur e beneficiou a BRA, mas também a PanExpress, que podia oferecer seus pacotes a preços inferiores aos cobrados pela Soletur, que era obrigada a reduzir seus preços ao mínimo, para continuar competindo no mercado. Os preços subsidiados com que a Rotatur alavancava a BRA/PanExpress causaram pesados prejuízos à Soletur, que passou a enfrentar dificuldades financeiras para pagar em dia os vôos de fretamento. A Soletur foi prejudicada em cerca de dois mil vôos contratados com a Varig e a Rio Sul para P.Alegre e para o Nordeste em 2000 e 2001. Em meados de 2001, os pagamentos em atraso que a Soletur negociava com o Grupo Varig eram pouco significativos, se comparados ao volume das receitas geradas pela Soletur para o Grupo Varig. De 1994 a 2001 foram realizados mais de nove mil vôos fretados nacionais e mais de mil internacionais, tendo sido vendidos cerca de 1,2 milhão pacotes turísticos nestes fretamentos. As vendas nos vôos regulares nacionais e internacionais também eram impressionantes. Apenas um exemplo: a linha regular Rio/New York/Rio foi ativada e mantida pela Varig durante alguns anos, graças aos 35 ou 40 passageiros que a Soletur embarcava diariamente. A Soletur gerou para o Grupo Varig um faturamento equivalente a US$ 350 milhões em menos de uma década. Mas de nada valeu tudo isto. Nem mesmo os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que afetaram a economia mundial e fizeram com que 90% dos clientes internacionais da Soletur cancelassem as suas viagens, foram considerados fatos relevantes para a Varig flexibilizar a sua posição negocial com a sua maior parceira. A Soletur não cobrou dos seus clientes os gastos extras que teve com a hospedagem de 450 pessoas retidas em New York, Flórida, Califórnia e Canadá durante o fechamento dos aeroportos norte americanos por dez dias. O fluxo de caixa da empresa foi severamente atingido. Era a hora, portanto, da Varig demonstrar apoio à sua maior parceira comercial. E era nesta parceria que a Soletur confiava, desconhecendo que havia a "opção Varig Travel" sendo trabalhada secretamente pelos donos da PanExpress, por Manuel Lourenço, assessor da Diretoria de Controladoria da FRB Par, e por Yutaka Imagawa, o homem forte do Grupo Varig. Estes últimos passaram a ser, nos 60 dias que antecederam a falência, os negociadores exclusivos do Grupo Varig com a Soletur, que era representada por mim. Eles tiveram acesso a informações confidenciais que poderiam ter sido repassadas aos diretores da Varig Travel, em especial aos donos da operadora PanExpress. No dia 13 de setembro de 2001, era lançada a operadora Varig Travel no Congresso da Abav de Brasília. Surpresa para o mercado, para os profissionais da Soletur e para mim, pois Yutaka Imagawa e Manuel Lourenço nada me haviam informado sobre a criação da Varig Travel. A minha maior decepção foi saber que o diretor executivo da Varig Travel era o próprio Manuel Lourenço, com quem eu estava tratando, pessoalmente, dos contratos comerciais e financeiros da Soletur. Quer dizer: pensando estar negociando com o representante da minha maior parceira, a Varig, na verdade eu negociava com o meu futuro concorrente. Era a deslealdade e a traição comercial impostas a mim e à Soletur por Manuel Lourenço e Yutaka Imagawa. Eu não fui ingênuo, apenas não poderia duvidar do homem que era considerado, em setembro de 2001, o executivo mais poderoso da indústria de transporte aéreo da América Latina. Pois bem, logo após o fechamento da Soletur, era inaugurada festivamente a Varig Travel, incorporando as atividades da PanExpress. Manuel Lourenço sempre se esquivou de falar sobre os valores da transação ou sobre que empresa assumiu o passivo trabalhista dos 150 funcionários da PanExpress. Os acionistas da Varig Travel eram a Varig Participações e a HWF (Humberto e Walter Folegatti), e sua diretoria era composta pelos irmãos Folegatti, Rubens Ciasca e Manuel Lourenço. Segundo eles, a Varig Travel faturaria R$ 200 milhões no 1º ano, e R$ 500 milhões no 2º ano de funcionamento e se transformaria na operadora líder do mercado em 2 ou 3 anos. Mas como ser a líder de mercado, contando apenas com a experiência dos donos da PanExpress que, nos seus 15 anos de existência, nunca fora uma concorrente que ameaçasse a Soletur ou a CVC ? A Soletur possuía grande tradição de qualidade operacional e contava com uma clientela fiel, conquistada ao longo de 38 anos e com a forte parceria com o próprio Grupo Varig, consolidada durante quase uma década. Os clientes e o mercado ligavam fortemente o nome da Soletur ao nome da Varig. Como, então, ser a líder de mercado tendo a Soletur como concorrente? Os diretores da Varig Travel souberam tirar proveito da rara oportunidade surgida com os ataques terroristas de setembro de 2001, vislumbrando a chance de eliminar a Soletur. Para isto, parece-me que contaram mais uma vez com o apoio de Yutaka Imagawa, apoio que foi materializado pela decisão de enviar notificação extra-judicial para a Soletur no dia 23 de outubro de 2001, impondo a sua falência. Transcrevo abaixo, para vossa análise, o texto integral da carta: Rio de Janeiro, 23 de outubro/2001 À Soletur Prezados Senhores, Tendo em vista o inadimplemento, pela Soletur, de obrigação contratualmente assumida com a Varig e, também, o desinteresse dessa agência em concluir as negociações recentemente iniciadas entre as partes, serve a presente para informá-los que, com base na cláusula 13 do contrato firmado em 02/07/01, estaremos considerando rescindido, por justa causa o referido acordo e vencidos, integralmente, no prazo de 48 horas contado do recebimento deste aviso. Informamos, ainda, que no prazo acima estabelecido, estaremos cortando o sinal do BSP e V.SAS. deverão devolver-nos as respectivas plaquetas, bem como eventuais bilhetes de passagem da Varig que estiverem em seu poder. Atenciosamente. Ass. Marcelo Prais, consultor jurídico Em síntese, o teor desta carta significava que a administração anterior da Varig, não obstante encontrar-se em meio a negociações recentes de um contrato garantido por hipotecas, resolveu optar pela sua rescisão em 48 horas, valendo-se de cláusulas leoninas impostas à Soletur poucos meses antes. Todos no turismo sabem que "se ter cortado o sinal do BSP" é a sentença de morte para uma operadora turística ou uma agência de viagens. De acordo com a notificação, esta sentença seria executada no dia 25 de outubro de 2001, quando venceria o prazo de 48 horas dado pela Varig para rescindir o contrato de transporte dos clientes da Soletur. Esta, sem condições de efetuar a totalidade do pagamento conforme exigido pela Varig, estava legalmente obrigada a confessar a sua falência. Foi a decisão mais difícil e dolorosa que tive que tomar em toda a minha vida. E que outra decisão poderia ter tomado? Caso a falência não tivesse sido confessada por mim, às 17 horas do dia 24 de outubro de 2001, cerca de 2,5 mil consumidores seriam duramente atingidos já nos dias 27 e 28 de outubro (sábado e domingo), dirigindo-se inadvertidamente a inúmeros aeroportos do país e não conseguindo embarcar nos aviões de fretamento, que seriam retirados pelo Grupo Varig. O caos se instalaria no turismo nacional. Houve o tempo exato, nas 24 horas seguintes à falência, para que os agentes de viagens comunicassem a seus clientes que não deveriam se dirigir aos aeroportos, livrando-os de um constrangimento maior, como aconteceu com os passageiros de outras empresas aéreas que deixaram de voar na mesma época. E por que outra razão o presidente da Soletur, aos 63 anos de idade, iria confessar a falência da empresa que criou em 1964 e, após quatro décadas de dedicação ao trabalho e de muita luta, perder todo o patrimônio de sua empresa, o seu patrimônio pessoal e transformar, ainda, a sua vida e a de sua família numa verdadeira "via crucis" judiciária? Cerca de 3.000 passageiros que se encontravam em viagem pelo Brasil e pelo exterior retornaram às suas casas nas datas previstas, sem constrangimentos e com a programação turística cumprida, graças à imagem de seriedade que a Soletur conquistara junto ao trade turístico, bem como ao trabalho de "rescaldo" que eu e uma equipe de voluntários realizamos nos dias que se seguiram à falência. 12 Mai(4 dias atrás) Quanto aos clientes que não tinham iniciado seus tours, cerca de 80% deles haviam pago apenas o primeiro dos 5 pagamentos previstos. Este pagamento não foi perdido, devido ao desconto de 20% que operadores filiados à Braztoa concederam aos clientes da Soletur. Quanto aos que pagaram mais do que uma parcela, a grande maioria embarcou nas semanas que se seguiram, graças ao apoio recebido da Tam e das associações de classe, em especial da Abav Nacional e de outras regionais. Nos dias 25 e 26 de outubro de 2001, 48 horas após a falência, dentre outros contatados, ganhei apoio do Sr. Wagner Ferreira (Tam) e do Sr. Carlos Alberto Ferreira (Abav-Rio) para atender os clientes Soletur. Em seguida, o Sr. Goiaci Alves Guimarães (Abav Nacional) convocou uma reunião no dia 26 em São Paulo. Para lá me dirigi com meu sócio Hélio Lima Duarte e participei da reunião, onde estavam presentes os Srs. Ilya Hirsch (presidente da Braztoa), Amaury Caldeira (presidente da Abav-SP), Tasso Gadzanis (então vice-presidente da Abav Nacional), Eduardo Nascimento (presidente do Sindicato das Empresas de Turismo) e Guillermo Alcorta (presidente do PANROTAS). Este encontro contou ainda com a presença do então presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho, e o resultado dele foi que as entidades de classe se mobilizaram e criaram as condições de pronto atendimento aos consumidores. Enquanto momentos traumáticos eram vividos pela família Guimarães e pelos funcionários da Soletur, a Varig Travel era festivamente inaugurada. Na ocasião, Manuel Lourenço declarava: "Queremos vender o Brasil lá fora e atrair divisas, em vez de remetê-las". Humberto Folegatti, ex-presidente da PanExpress, dizia: "Associamos nossa estrutura ao forte prestígio da marca Varig"... Lourenço informou aos repórteres que o objetivo da Varig Travel era o de estimular e facilitar a venda do produto viagem em todos os seus segmentos, no Brasil e no exterior. No entanto, admitiu que a falência da Soletur acrescentou mais R$ 40 milhões na previsão de faturamento da Varig Travel, somente no primeiro ano de funcionamento. Hoje, ao invés dos R$ 500 milhões de faturamento previstos para 2003, o que vemos é que a Varig Travel foi levada por seus dirigentes a uma deplorável situação financeira e comercial. Tanto que o atual comando da Varig Participações afastou Manuel Lourenço da presidência da Varig Travel.. A empresa está passando por uma severa auditoria. Logo após a inauguração da Varig Travel, Humberto Folegatti (diretor de planejamento) e Walter Folegatti (diretor de operações), passaram a realizar os fretamentos da Varig Travel com a empresa de propriedade deles, a BRA Transportes Aéreos e não com as empresas aéreas do Grupo Varig. A Varig e a Rio Sul perderam ainda a receita oriunda dos fretamentos que eram contratados pela Soletur e que os diretores da Varig Travel não quiseram, ou não puderam, manter. A Varig Travel vendia nas suas lojas os bilhetes aéreos da BRA, ao invés de vender Varig, e planejava os seus pacotes turísticos, utilizando-se dos vôos da BRA, embora o cliente preferisse voar Varig. A BRA tinha seu balcão de vendas nas lojas da Varig Travel. Em meados de 2003, a Varig Travel praticamente abdicou de vez da sua atividade fim, que é a operação turística, passando a vender preferencialmente as viagens organizadas pela PNX Travel, nome fantasia da BRA Viagens e Turismo Ltda, outra empresa do Grupo Folegatti que, acreditem, dividia com a Varig Travel os mesmos endereços, telefones e instalações, como demonstrava a publicidade de ambas, nos principais jornais de São Paulo. No Rio de Janeiro, a Varig Travel dividia suas instalações com a BRA e com a PNX Travel todas ocupando as instalações onde antes era a sede da extinta RioSul. Como se vê, a atuação da Varig Travel, desde a sua fundação até agosto de 2003, foi caracterizada pelo forte conflito de interesses existentes entre as empresas do Grupo Folegatti e as do Grupo Varig, que eram decididos pelo seu presidente Manuel Lourenço, quase sempre a favor do Grupo Folegatti, até mesmo por causa da amizade entre Yutaka Imagawa e Humberto Folegatti. Aliás, já em 8 de dezembro de 2002, Humberto Folegatti refutava o conteúdo de um e-mail apócrifo que circulou no mercado, acusando-o de irregularidades na Varig Travel e de ter sido beneficiado por Yutaka Imagawa na incorporação da PanExpress pela Varig Travel. Instado a se manifestar, Humberto foi incisivo ao jornal O Estado de S.Paulo, em matéria assinada pelo jornalista Luiz Maklouf Carvalho: "sei que a amizade com Yutaka teve um peso fantástico na balança, mas não houve nenhuma irregularidade nisso" e complementou " foi um bom negócio para mim, mas um negócio muito melhor para a Varig Travel". Esta declaração, hoje se constata, era um desrespeito à inteligência das pessoas que trabalham em turismo. A verdade é que a Varig Travel se revelou como um dos maiores insucessos conhecidos pelo trade turístico brasileiro que, por conta dela, já havia ficado privado da presença sempre ética e profissional da Soletur, empresa modelar que atuava há 38 anos e gerava mais de 500 empregos diretos. Também por conta deste malogro da Varig Travel, a BRA Transportes Aéreos conseguiu aumentar espetacularmente a sua frota, após a falência da Soletur. Em apenas 18 meses (de outubro/2001 a julho/2003), a BRA passou de 1 para 7 aeronaves, milagre não ocorrido com nenhuma Cia. Aérea do mundo nestes tempos de crise no setor. Transformou-se, inclusive, numa concorrente da própria Varig nas linhas regulares. A Rotatur, na administração anterior do Grupo Varig parece que tinha como objetivo estimular o crescimento da BRA – Transportes Aéreos. Ela permitiu, inclusive, que sua logomarca fosse pintada ao lado da logo da BRA, nos aviões desta. Tantas confusões patrimoniais, societárias e operacionais não poderiam continuar. E foi o que aconteceu. Atuando com rapidez, a nova administração decidiu intervir na Rotatur e na Varig Travel, como informa a Folha Online de 29/09/2003, em matéria assinada por Cindy Correa, com o título: "VARIG DECIDE DESATIVAR ROTATUR E ESTUDA O MESMO PARA VARIG TRAVEL" O conteúdo desta matéria é: "A Varig decidiu desativar a Rotatur, pelo menos temporariamente. O mesmo deverá ocorrer com a Varig Travel, caso detalhes de contratos e de prestação de serviços não impliquem em multas muito altas. A Rotatur é a empresa de vôos fretados do grupo Varig e a Varig Travel, a operadora de turismo do grupo. O Conselho administrativo da Varig e da VPTA (Varig Participação em Transportes Aéreos) decidiram descontinuar as operações domésticas da Rotatur e transferir os vôos internacionais para a marca principal do grupo. No comunicado, o Conselho dá destaque para os vôos em conjunto com a BRA: "o Conselho decide descontinuar as operações domésticas, principalmente a efetuada em conjunto com a empresa BRA". O presidente da Rotatur, Luis Carlos Osório, foi a primeira baixa do processo. "... Já na Varig Travel, a empresa passa por uma auditoria e enquanto isso nenhum novo produto ou pacote é lançado. O diredor de vendas da companhia aérea, Faustino Pereira Junior, afirmou que a proposta é reduzir as operações comerciais após a fusão da Varig com a TAM. Apesar disso, os franqueados da Varig Travel já sentem uma redução nos lançamentos de produtos. Para os franqueados, a informação é que a nova diretoria da Varig Travel deciciu "adormecer a empresa" para analisar sua real situação financeira. A PNX e a BRA são parceiras da Varig Travel, mas não se abalaram com o processo de fusão e continuam oferecendo novos pacotes. Para os agentes, a PNX cresce e compensa a redução da outra operadora. A Varig não detalha o processo de re-estruturação, mas garante que a operação será re-estruturada. Segundo fontes próximas do processo, a grande dificuldade para a paralisação das operações da Varig Travel são os acordos de exclusividade com a BRA e a PNX. A Varig Travel foi criada um dia antes do pedido de falência da Soletur, em 2001, então a maior revendedora de viagens da Varig. O grupo turístico PanExpress também é sócio da Varig Travel e criou também a operadora PNX. Agora, enquanto a agência de viagens da Varig amarga um período de desaceleração, a PNX comemora crescimento. O mesmo acontece com a outra parceira da Varig Travel, a companhia de viagens BRA. Quando iniciou a parceria com a Varig, a BRA possuía 2 aviões próprios. Agora, são 7 aeronaves próprias apesar de ser uma empresa aérea de fretamento. Segundo e Departamento de Aviação Civil (DAC), a companhia pede regularmente lotes de quase 540 vôos por mês. A empresa transporta por mês 35 mil pessoas. Os vôos da BRA são preenchidos por passageiros da própria BRA, da PNX e com clientes da Varig Travel." Com referência a esta matéria, publicada há menos de 30 dias, parece-me que, pela primeira vez, as cartas foram jogadas sobre a mesa e que o Grupo Folegatti está em grande vantagem no jogo. A BRA Transportes Aéreos, impulsionada pela Rotatur e pela Varig Travel, em apenas 18 meses transformou-se na quinta maior empresa aérea do país e agora concorre com a própria Varig. A PNX Travel vai ficando com o ativo comercial da Varig Travel e sem o passivo dela (nem o da PanExpress...). O mercado comenta, ainda, que existe um contrato, dando direito à BRA/PNX Travel de usar o nome Varig Travel com exclusividade, por 5 anos, renováveis por mais 5. Este tema é levantado na matéria acima, quando se refere à possível desativação da Varig Travel, "caso detalhes de contratos e de prestação de serviços não impliquem em multas muito altas". E que "a grande dificuldade para a paralisação das operações da Varig Travel são os acordos de exclusividade com a BRA e a PNX". De qualquer forma, face aos últimos acontecimentos envolvendo a Rotatur, a Varig Travel, a BRA e a PNX Travel, a interligação entre os fatos, datas, pessoas, empresas e ações, anteriores e posteriores à falência da Soletur não pode ser atribuída à mera coincidência. Existiam fortes interesses, hoje claramente visíveis, na eliminação da Soletur. Acredito que a atual administração do Grupo Varig, que não teve participação nas decisões prejudiciais à Soletur tomadas pela administração anterior, agirá com eficiência e firmeza na apuração da real extensão das irregularidades ocorridas com a interligação destas empresas, prejudicando, além da Soletur, ao próprio Grupo Varig. Estou certo de que esta tarefa será realizada com sucesso. Tenho a expectativa de que a nova administração do Grupo Varig saberá reconhecer a importância que teve a Soletur para a instituição e encontrará uma forma de reabilitar o bom nome do seu ex-presidente, que foi construído durante toda uma vida dedicada ao trabalho. Sei que a minha expectativa é justa e que poderá ser atendida. Tenho boas lembranças da competência com que os profissionais do Grupo Varig atenderam à Soletur, ao longo de muitos anos de estreito relacionamento comercial. Enfatizo isto porque meu relatório almeja que a verdade seja restabelecida. A instituição Varig está acima de qualquer desmando praticado por qualquer um dos seus dirigentes. Quanto aos irmãos Folegatti e suas empresas, a Yutaka Imagawa, a Manuel Lourenço e a quaisquer outros que tenham colaborado com eles nas ações orquestradas contra a Soletur, não tenho como esquecer o que fizeram. Estejam certos que os seus nomes serão lembrados em qualquer iniciativa que meu advogado achar por bem tomar em defesa de meus interesses. Acredito na Justiça. Agradeço a acolhida que os dirigentes da Abav - Associação Brasileira das Agências de Viagens derem a esta correspondência, que estou enviando no intuito de que, tomado como exemplo o ocorrido com a Soletur, possa esta associação pugnar para que políticas comerciais mais transparentes e mais justas sejam utilizadas no setor de turismo, como um todo. Atenciosamente, Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2003. Carlos Augusto Guimarães Filho Link to comment Share on other sites More sharing options...
Guest SkyMember Posted November 8, 2007 Share Posted November 8, 2007 Herson, Não tem risco, nós só estamos "Reproduzindo" Não cita opiniões. Felipe Não me referi á esta notícia... Mas sim ao CR como um todo e ao fato de ser um exemplo de que o CR é bastate visado. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Guest Gnomo 727 Posted November 9, 2007 Share Posted November 9, 2007 Herson, toda moeda tem seus dois lados. a internet é uma ferramente poderosa, e pode ser usada bem ou mal, depende de quem manipula informação. Por isso que insistimos tanto com os usuários de SEMPRE citar fonte e não copiar o que não lhe pertence, pois isso nos dá mais embasamento num caso de abuso... Eu, não no papel de idealizador do CR, mas como usuário me sinto honrado de ver o site ser citado num veículo que, apesar dos pesares, tem um grande poder de gerar opinião. Isso mostra que nosso trabalho está dando frutos. E o CR tem muito potencial, mas o Staff está pequeno para os projetos que temos... Pois o CR não paga salário de ninguém Link to comment Share on other sites More sharing options...
Jack Daniels Posted November 9, 2007 Share Posted November 9, 2007 Parabéns ao CR. Aos pouquinhos vai conquistando espaço Link to comment Share on other sites More sharing options...
Stelios4K Posted November 9, 2007 Share Posted November 9, 2007 parabens ao CR tb! o engraçado é no lance da Soletur é q faliram de proposito, a maior na epoca operadora de turismo no brasil, para entrar no lugar dela e anos depois ela paga seus pecados. e a cvc ta firme e forte! saudades da soletur e seu atendimento! Link to comment Share on other sites More sharing options...
Guest JAMPA Posted November 9, 2007 Share Posted November 9, 2007 Êta , estão bem 'na fita' . hehehe E o CR tem muito potencial, mas o Staff está pequeno para os projetos que temos... Pois o CR não paga salário de ninguém JAMPA Link to comment Share on other sites More sharing options...
Andrea® Posted November 9, 2007 Share Posted November 9, 2007 E o CR tem muito potencial, mas o Staff está pequeno para os projetos que temos... Pois o CR não paga salário de ninguém Se eu nao me engano o Google também começou assim Agora os caras ficaram cheios de U$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ Boa Sorte para todo o Staff do CR. Bjs Link to comment Share on other sites More sharing options...
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