jambock Posted November 5, 2006 Share Posted November 5, 2006 Meus prezados: Movimento pede plano de carreira Mais do que a propagada desmilitarização do cargo, os controladores de vôo da Aeronáutica exigem um reajuste nos salários e a criação de um plano de carreira. Atualmente, um controlador com quase 30 anos de serviço recebe em média R$ 3,5 mil brutos - o inicial é de R$ 1,6 mil. O posto máximo que alcançam na hierarquia militar é o de subtenente, enquanto no Exército a patente limite é a de capitão. Insatisfeita com os salários, a maioria se aposenta entre 44 e 48 anos, partindo para outra atividade profissional. Eles também não aceitam ter de cumprir plantões de 24 horas em quartéis, como seus colegas de farda. - No fundo, tudo é dinheiro, salário. Aos 48 anos, estamos no auge da experiência, mas largamos tudo para ganhar mais fazendo outra coisa. Tirar plantão armado também não dá, não é coisa para controlador de vôo - reclama o controlador aposentado João Zagiski, na reserva desde 2001. Dos 2.759 controladores em atuação no país, 571 não pertencem às Forças Armadas. Ainda assim, os civis estão subordinados à hierarquia militar. Apesar de representar uma minoria e não liderar o movimento grevista, são eles os principais porta-vozes da categoria junto ao governo. Temendo represálias, os militares evitam bater de frente com o comando da Aeronáutica e se esquivam de dar declarações públicas. - Brasília está uma panela de pressão. É preciso encarar o militarismo, pois somos a única categoria que não foi beneficiada com a democracia - conclama o diretor-técnico do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Ernandes Silva. De acordo com dois controladores ouvidos por Zero Hora, a situação se agravou por conta dos rígidos padrões de subordinação. Os pedidos dos sargentos estariam sendo negligenciados por oficiais. - Um sargento reclama de salário e defasagem tecnológica, mas aí vem um tenente e manda ele ficar quieto. Quando um general ou brigadeiro visita o Cindacta e pergunta como estão as coisas, o discurso oficial é de que está tudo muito bom, tudo muito bem - exemplifica o controlador. fonte: jornal "Zero Hora" 5 nov 2006 Link to comment Share on other sites More sharing options...
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