leelatim Posted February 9, 2012 Share Posted February 9, 2012 Por Filipe Paiva Cardoso, Os 68 Airbus 380 já em serviço vão ser obrigados a novas inspecções, culpa das asas. Já o rival B787 apresenta problemas na fuselagem O A380 e o B787 representam estratégias distintas para um só mercado, avaliado em 75 mil milhões de euros: as ligações de muito longa distância. A Airbus e a Boeing coincidem na aposta na eficiência e velocidade, mas de resto tudo diverge. Um transporta o dobro das pessoas, o outro custa metade do preço. Um já voa há quatro anos, o outro estreou-se em Outubro. A Airbus investiu 12 mil milhões de euros no A380 e a Boeing gastou quase oito mil milhões com os B787. Agora encontraram novo ponto comum: falhas estruturais. A380 e as asas A descoberta de 36 fissuras nas asas de um dos A380 da Qantas numa inspecção levou a companhia australiana a deixar este avião em terra, isto depois de a Airbus ter reconhecido em Janeiro a possibilidade de problemas semelhantes surgirem com frequência nestes aviões – culpa do design do aparelho, dizem. A descoberta da Qantas foi suficiente para a Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) alterar as recomendações feitas no mês passado. Se na altura sugeriu que todos os A380 com mais de 1300 ciclos – aterragens e descolagens – fossem inspeccionados, agora aconselha que todos os 68 destes aviões já em serviço sejam inspeccionados antes dos 1300 ciclos. “É o resultado das primeiras inspecções que encontraram fissuras em quase todos os aviões”, explicou a AESA. “Estas fissuras, se não são corrigidas, reduzem a integridade do avião.” “A nossa frota ainda é jovem, os A380 mais antigos concluíram agora os 900 ciclos o que nos dá margem para proceder às inspecções como se fossem rotina”, reagiu a Lufthansa à Reuters. Já a Airbus não fez quaisquer comentários. B787 e a fuselagem Na Boeing os problemas serão tratados de forma diferente, já que a maioria destes aviões estão por entregar – o projecto está com mais de dois anos de atraso. Para conseguir uma eficiência energética sem par, o 787 é o primeiro avião construído maioritariamente (50%) em material compósito – o resto é 20% alumínio, 15% titânio, 10% ferro e 5% de outros materiais. A norte-americana assumiu esta semana ter também identificado uma falha no 787, com alguma delapidação no suporte da fuselagem do mesmo. Com 870 encomendas pendentes, a descoberta destas falhas pode obrigar a fabricante a atrasar ainda mais as datas de entrega: a Boeing quer construir dez B787 por mês a partir do final do próximo ano – hoje faz 2,5 por mês – para acelerar o ataque ao A380. Indústria desconfia Os problemas do A380 e do B787 podem, contudo, cobrar outro preço às empresas, com a indústria a ficar de pé atrás com estes dois investimentos, pois não é normal que aviões recentes apresentem problemas no processo de fabrico. Em resultado, Airbus e Boeing lidam agora com clientes que, se já andavam preocupados com os atrasos, agora estão também inquietos com a fiabilidade dos aviões. “Os problemas mostram que os fabricantes não têm estado atentos a todos os detalhes. Os dois aviões tiveram atrasos de 2/3 anos e mesmo assim apresentam problemas pouco usuais em projectos recentes”, explicou à Reuters Jean-Pierre Casamayou, editor da “Air et Cosmos”, publicação especializada em aviação. Link to comment Share on other sites More sharing options...
Santiago Posted February 10, 2012 Share Posted February 10, 2012 se apresse tupolev! sua chance de vender o 204!! ( brincadeira, não me apedrejem ) Link to comment Share on other sites More sharing options...
Lvcivs Posted February 11, 2012 Share Posted February 11, 2012 No caso da Boeing, óbvio que não é normal. Ela está construindo um avião revolucionário, não consolidando conhecimentos e experiência com tecnologia existente, algo que aconteceu com o 777. No caso do A380, é diferente, e começa pelo fato de que a questão dos materiais neste avião sempre foi problemática. A Airbus consultou especialistas em metalurgia no mundo tudo, até mesmo a UFRJ, atrás de soluções para seus problemas com o A380 durante o desenvolvimento. O A380 não tem nada de revolucionário tecnologicamente. A Boeing paga o preço da vanguarda, já a Airbus, eu sinceramente não sei. Link to comment Share on other sites More sharing options...
bearshare Posted February 11, 2012 Share Posted February 11, 2012 se apresse tupolev! sua chance de vender o 204!! ( brincadeira, não me apedrejem ) tupolev não, mas os chineses estão de olho... Link to comment Share on other sites More sharing options...
leelatim Posted February 11, 2012 Author Share Posted February 11, 2012 No caso da Boeing, óbvio que não é normal. Ela está construindo um avião revolucionário, não consolidando conhecimentos e experiência com tecnologia existente, algo que aconteceu com o 777. No caso do A380, é diferente, e começa pelo fato de que a questão dos materiais neste avião sempre foi problemática. A Airbus consultou especialistas em metalurgia no mundo tudo, até mesmo a UFRJ, atrás de soluções para seus problemas com o A380 durante o desenvolvimento. O A380 não tem nada de revolucionário tecnologicamente. A Boeing paga o preço da vanguarda, já a Airbus, eu sinceramente não sei. Como assim o A380 nao tem nada de revolucionario? Nao entendi em que sentido expressaste esta sua opiniao? Link to comment Share on other sites More sharing options...
lichmann Posted February 11, 2012 Share Posted February 11, 2012 Como assim o A380 nao tem nada de revolucionario? Nao entendi em que sentido expressaste esta sua opiniao? Eu acho os dois projetos revolucionários, duas idéias distintas e pontos de vista de mercado diferentes. Cada avião com seu respectivo projeto apresenta caracteristicas únicas e até mesmo inéditas, seja o A380 ou 787. Link to comment Share on other sites More sharing options...
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